sábado, 1 de maio de 2010

Quem Morre...


Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve musica, quem não encontra graça em si mesmo;
Morre lentamente quem se transforma em escravo do habito, repetindo todo dia os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece;
Morre lentamente quem faz da televisão seu guru;
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos nos "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorriso dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos;
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida construir algo novo;
Morre lentamente quem abandona um projeto antes mesmo de inicia-los, não pergunta sobre o assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabem;
Morre lentamente, também a escola que não busca inserir-se nas transformações da conteporaneidade, que tem uma direção centralizadora e coronelista; que toma o livro didático com o mestre e sucumbe o professor;
Morre lentamente o professor que não avança, que se atraca num tempo remoto sem evoluir ou permitir quaisquer mudanças, que faz da sua pratica pedagógica um fazer mecânico e rotineiro e que lentamente faz morrer o seu aluno...
Morre lentamente quem nao se permite aprender.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que esta vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estagio esplendido de felicidade.
Permita-se permanecer vivo... mude... faça diferença!!! (Pablo Neruda, adaptação de Ana Cristina Oliveira e Jucely Cardoso)

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