sexta-feira, 25 de março de 2011



A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos. A gente precisa é de um olhar fresco, que não envelhece, apesar de tudo o que já viu. É de um amor que não enruga, apesar das memórias todas na pele da alma. A gente precisa é deixar de ser sobrevivente para, finalmente, viver. A gente precisa mesmo é aprender a ser feliz a partir do único lugar onde a felicidade pode começar, florir, esparramar seus ramos, compartilhar seus frutos.
ANA JÁCOMO

Ana Jacomo

...a vida sempre arruma maneiras para aproximar as almas irmãs, esses anjos vestidos de gente que tornam mais fácil e mais feliz a nossa temporada de aulas e recreios nesse mundo.



quinta-feira, 24 de março de 2011



Tão bom morrer de amor e continuar vivendo.


Mário Quintana


segunda-feira, 21 de março de 2011

Assim sou eu...


Sou estranha. Sinto demais. Penso demais. Questiono e analiso demais. Vejo coisas que talvez você não veja. Me importo com detalhes que para você, podem ser inúteis. Muitas vezes não consigo ver o todo: me detenho em sutilezas, em partes, monto quebra-cabeças a todo momento. Tudo é muito grave, palavras são marcadas em mim como ferro em brasa. Sou uma exagerada, quando feliz e quando triste. Provoco vendavais, tempestades em copos ainda vazios. Disfarço minha carência em autossuficiência. Tenho tanto medo de perder, que me abrigo em minha própria solidão, e é ela que tornar-se seu maior rival. Entendo o amor de uma forma tão complexa, que às vezes parece que não amo. Não sei responder perguntas com sim ou não. Não suporto nada pela metade. Tenho dificuldade com os meios-termos. Sempre irei te surpreender, de forma positiva ou negativa. Posso ser doce e agressiva, te encher de dúvidas e certezas, tudo em um mesmo dia. Não sou exposta, não estou pronta para ser lida. Sou uma caixa fechada, de linda embalagem e conteúdo desconhecido. Você não terá dúvidas quanto ao meu amor: terá dúvidas quanto ao que eu sou. Comigo, sempre haverá Perguntas. Páginas em branco. Histórias a serem escritas. Sem começo, nem fim. Porque o amor, para mim, não é assim, essa coisa tão banal. Tão fácil. Tão indolor. E lamento por isso.

TATI BERNARDI