domingo, 30 de maio de 2010


Não seja leviano com o coração dos outros.
Não ature gente de coração leviano

Não perca tempo com inveja.
Às vezes se está por cima,
às vezes por baixo.
A peleja é longa e, no fim,
é só você contra você mesmo.

Não esqueça os elogios que receber.
Esqueça as ofensas.
Se conseguir isso, me ensine.

Guarde as antigas cartas de amor.

Estique-se.

Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida
As pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam, aos
vinte e dois
o que queriam fazer da vida.
Alguns dos quarentões mais interessantes que eu conheço ainda
não sabem.

Talvez você case, talvez não.
Talvez tenha filhos, talvez não.
Talvez se divorcie aos quarenta, talvez dance ciranda em suas
bodas de diamante.

Faça o que fizer não se auto congratule demais, nem seja severo demais com você,
As suas escolhas tem sempre metade das chances de dar certo,
É assim para todo mundo.
Desfrute de seu corpo use-o de toda maneira que puder, mesmo!!
Não tenha medo de seu corpo ou do que as outras pessoas possam achar dele,
É o mais incrível instrumento que você jamais vai possuir.

Dance.
Mesmo que não tenha aonde além de seu próprio quarto.

Dedique-se a conhecer seus pais. É impossível prever quando eles
terão ido embora, de vez.
Seja legal com seus irmãos. Eles são a melhor ponte com o seu
passado e
possivelmente quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro.

Entenda que amigos vão e vem, mas nunca abra mão de uns
poucos e bons.
Esforce-se de verdade para diminuir as distâncias geográficas e de estilos de vida, porque quanto mais velho você ficar,
Mais você vai precisar das pessoas que você conheceu quando jovem.

Viaje.

Aceite certas verdades inescapáveis:
E não espere que ninguém segure a sua barra.

Pedro Bial

sábado, 29 de maio de 2010

Meu coraçao hoje, bate mais depressa... tenho sede de vida!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

PALAVRAS


...expressam tudo, ou nada. Palavras descrevem o inexplicável. Palavras magoam, ofendem e causam desentendimentos. Palavras criam oportunidades, criam amizades e vínculos formidáveis. Palavras aperfeiçoam, explicam. Palavras são capazes de corrigir mais do que qualquer ato. Palavras evoluem e fazem evoluir. Palavras surgem e deixam surgir. Palavras fazem com que livros tenham magia. Palavras fazem com que melodias tenham significado. Palavras afastam ou unem pessoas. Palavras fazem com que as pessoas reflitam. Ou não. Palavras agridem. Palavras acolhem. Palavras criam desejos. Palavras enfeitiçam, seduzem e provocam. Palavras podem ser amáveis ou grosseiras. Podem dizer muito, ou nada. Podem traduzir qualquer sentimento. Palavras permitem que as pessoas brinquem com elas próprias. Palavras podem ser apenas palavras, ou podem ser muito mais do que uma vida inteira. Palavras fazem as guerras. Palavras buscam a paz. Com as palavras, pode-se tudo. Apenas não se pode ficar mudo.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
Clarice Lispector

quinta-feira, 13 de maio de 2010


Vontade de Você...

Hoje me deu vontade de escrever

Escrever não sei o quê, mas pra você


Hoje me deu vontade de te abraçar

De me perder em teus braços

De me envolver em abraços


Hoje me deu uma grande saudade

Uma enorme vontade

De me fundir em você


Hoje me deu um imenso desejo

De te amar

De me soltar


Hoje eu queria você

Queria viver somente com você,

Por você...


Hoje eu só queria teu calor

E me entregar ao cansaço

De uma noite de amor


Hoje eu queria ver teu rosto

Sentir o suor no teu corpo esgotado de amar

Hoje eu só queria dizer...


Que te quero muito!!!

Quero sentir seu corpo quente sobre o meu,

suas mãos me acariciando, seus beijos, seu desejo....


VOCÊ!

terça-feira, 11 de maio de 2010


"Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado mas, consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele. Está é a diferença profunda entre o ser condicionado e o ser determinado."


Paulo Freire

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Amar é ter um pássaro pousado no dedo.
Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que,
a qualquer momento, ele pode voar”

terça-feira, 4 de maio de 2010

Laço e o Abraço

Você já reparou como é curioso um laço...
Uma fita dando voltas?

Se enrosca...
Mas não se embola,
vira, revira,
circula e pronto:
está dado o laço

É assim que é o abraço:
coração com coração,
tudo isso cercado de braço.

É assim que é o laço:
um laço no presente,
no cabelo, no vestido,
em qualquer lugar que se precise enfeitar

E quando a gente puxa uma ponta,
o que é que acontece?

Vai escorregando devagarinho,
desmancha, desfaz se o laço.

Solta o presente,
o cabelo, fica solto no vestido.

E na fita, que curioso,
não faltou nem um pedaço.

Ah! Então é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento?

Como um pedaço de fita?
Enrosca, segura um pouquinho,
mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do laço.

Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.

E quando alguém briga, então se diz
- romperam-se os laços.
- E saem as duas partes,
igual os pedaços de fita,
sem perder nenhum pedaço.

Então o amor é isso...

Não prende,
não escraviza,
não aperta,
não sufoca.

Porque quando vira nó,
já deixou de ser um laço!

sábado, 1 de maio de 2010

Quem Morre...


Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve musica, quem não encontra graça em si mesmo;
Morre lentamente quem se transforma em escravo do habito, repetindo todo dia os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece;
Morre lentamente quem faz da televisão seu guru;
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos nos "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorriso dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos;
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida construir algo novo;
Morre lentamente quem abandona um projeto antes mesmo de inicia-los, não pergunta sobre o assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabem;
Morre lentamente, também a escola que não busca inserir-se nas transformações da conteporaneidade, que tem uma direção centralizadora e coronelista; que toma o livro didático com o mestre e sucumbe o professor;
Morre lentamente o professor que não avança, que se atraca num tempo remoto sem evoluir ou permitir quaisquer mudanças, que faz da sua pratica pedagógica um fazer mecânico e rotineiro e que lentamente faz morrer o seu aluno...
Morre lentamente quem nao se permite aprender.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que esta vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estagio esplendido de felicidade.
Permita-se permanecer vivo... mude... faça diferença!!! (Pablo Neruda, adaptação de Ana Cristina Oliveira e Jucely Cardoso)